Uma febre sem razão, uma oração sussurrada, um delicado desejo de falar e ser finalmente ouvido, de amar e não ser julgado, um não sei quê de força descomunal. *** Estrelas queimando em um cosmos de um vazio infinito; pessoas e planetas vagando, aparentemente, sem nenhuma direção; vidas que se perdem em si mesmas, alheias ao brilho da poesia e da flor. *** Campos vazios e homens calados; tempos de ira, ressentimento e desamor. *** E, bem lá no fundo, coberto pelas cinzas do atraso, uma vontade perene, uma chama que não se extingue, um mundo prestes a ser redescoberto.
Autor: Fulvio Denofre