Racionalmente,
desvendamos o mundo. Buscamos repostas para tudo. Criamos padrões, leis e
teorias. No entanto, não possuímos a noção exata do número de coisas que
desconhecemos, não sabemos, portanto, qual é ao certo o tamanho da nossa
ignorância. É claro que o “não saber” deve ser sempre um estímulo para o “saber
mais”. Porém, não podemos aspirar ao pleno conhecimento. É uma ilusão muito
atraente acreditar na infalibilidade racional do homem. A nossa pretensão
intelectual será sempre frustrada por dois simples fatos: primeiro, a vida é
curta; segundo, a nossa capacidade cognitiva é limitada. Em cada infinito
existe muitos outros infinitos. Toda resposta leva inevitavelmente a uma nova
pergunta.
A vida pode ser mais do que isso, mais do que dores e cansaço, mais do que política e descaso. Há de haver um compromisso, uma vontade de fazer diferente, de não ser como toda essa gente que só faz o que é preciso. Está mais do que na hora de vivenciar a poesia, esta linda ave canora , à luz do dia a dia. E para além das palavras, um aroma doce e suave, uma canção sempiterna e um desejo de encontro.
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