Pular para o conteúdo principal

Postagem em destaque

Vastidões

O silêncio, aos poucos, vai inundando todo o deserto do ser. E o vazio vai preenchendo cada pequena fresta remanescente. Nas entrelinhas, uma obra inteira; nas pausas, por si só, uma canção; e, no espaço entre as partículas, um universo desconhecido. É tudo, a princípio, tão estranho e desconfortável. É como um olhar-se atento no espelho: uma constatação, um desconforto, uma aceitação, uma entrega e, depois, se a coragem resistir, um passo adiante, rumo ao infinito. ✦ Nota de Autor — Vastidões Este poema nasceu de uma experiência silenciosa, daquelas que não pedem explicação, mas exigem presença. “Vastidões” não tenta definir o silêncio, mas caminhar por dentro dele. Há momentos em que a ausência se expande de tal forma que parece ganhar corpo próprio — inundando o que antes era deserto, preenchendo frestas que julgávamos permanentes. Escrevê-lo foi um modo de observar o movimento interior que se inicia com uma constatação simples e avança até uma entrega — não teórica, mas vivida. C...

Crise

De um lado, o secularismo improfícuo de um ocidente desnorteado,
e, do outro, um ativismo beligerante e irracional.
Sentido – eis a questão essencial na contemporaneidade.
Na falta de um, novos caminhos inevitavelmente surgem:
- Abraçar velhas concepções ultrapassadas de mundo;
- Seguir as novas ilusões que se nos são impostas;
Ou, o que me parece mais razoável:
- Aceitar que não existe um roteiro ou plano predeterminado,
e seguir, potencializando o que temos de melhor,
um caminho sóbrio, sensato e, principalmente, autêntico.


Comentários

Compartilhe:

Sugestões para você

Carregando sugestões...