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Vastidões

O silêncio, aos poucos, vai inundando todo o deserto do ser. E o vazio vai preenchendo cada pequena fresta remanescente. Nas entrelinhas, uma obra inteira; nas pausas, por si só, uma canção; e, no espaço entre as partículas, um universo desconhecido. É tudo, a princípio, tão estranho e desconfortável. É como um olhar-se atento no espelho: uma constatação, um desconforto, uma aceitação, uma entrega e, depois, se a coragem resistir, um passo adiante, rumo ao infinito. ✦ Nota de Autor — Vastidões Este poema nasceu de uma experiência silenciosa, daquelas que não pedem explicação, mas exigem presença. “Vastidões” não tenta definir o silêncio, mas caminhar por dentro dele. Há momentos em que a ausência se expande de tal forma que parece ganhar corpo próprio — inundando o que antes era deserto, preenchendo frestas que julgávamos permanentes. Escrevê-lo foi um modo de observar o movimento interior que se inicia com uma constatação simples e avança até uma entrega — não teórica, mas vivida. C...

Nobre Amor

1. Busquei em todos os lugares,
profanei todos os altares,
singrei todos os mares,
na esperança de te encontrar.
Amor, por que te escondes
atrás dos verdes montes?
Sei que estás na alegria que irradia
novo sol a cada dia
a nos abençoar!

2. Qual é o mistério escondido?
Por que tanto amor contido?
Ah, esse grito reprimido
que me impulsiona a te amar.
Procuro em tudo o sentido
do que tenho vivido,
para que na busca incessante
do meu passo errante
eu possa te contemplar!

3. Trago no peito um coração
cansado de tanta ilusão
e da vida sem canção.
Quero agora ser o compositor;
deixar pra trás a frustração
e cair em contemplação
diante da vossa grandeza
e da vossa realeza,
oh, nobre Amor!




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