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Vastidões

O silêncio, aos poucos, vai inundando todo o deserto do ser. E o vazio vai preenchendo cada pequena fresta remanescente. Nas entrelinhas, uma obra inteira; nas pausas, por si só, uma canção; e, no espaço entre as partículas, um universo desconhecido. É tudo, a princípio, tão estranho e desconfortável. É como um olhar-se atento no espelho: uma constatação, um desconforto, uma aceitação, uma entrega e, depois, se a coragem resistir, um passo adiante, rumo ao infinito. ✦ Nota de Autor — Vastidões Este poema nasceu de uma experiência silenciosa, daquelas que não pedem explicação, mas exigem presença. “Vastidões” não tenta definir o silêncio, mas caminhar por dentro dele. Há momentos em que a ausência se expande de tal forma que parece ganhar corpo próprio — inundando o que antes era deserto, preenchendo frestas que julgávamos permanentes. Escrevê-lo foi um modo de observar o movimento interior que se inicia com uma constatação simples e avança até uma entrega — não teórica, mas vivida. C...

Time After Time

Através do tempo,
você vai me encontrar;
eu estou a sua espera.
Não há como de mim escapar.
Pacientemente, era após era,
habito este mundo miserável.
Eu sei que, desde o início,
a cada passo dado, a cada etapa,
você se aproxima um pouco mais.
E, quando finalmente a hora chegar,
você de imediato me reconhecerá.

The Doctor: Everything has its time and everything dies. You think it'll last forever: people and cars and concrete. But it won't. One day it's all gone. Even the sky. (Doctor Who - The End of the World)





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