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Escrevendo a própria história

Por entre flores e espinhos, seguimos o nosso caminho, quase sempre tão mergulhados na ânsia de completarmos o nosso itinerário e recebermos deste modo as glórias que são devidas àqueles que se esforçaram para conquistar a tão almejada vitória, que acabamos nos esquecendo de algo fundamental: vencer é importante, mas não é tudo. Devemos também aproveitar e desfrutar de cada passo deste longo caminho, desta longa jornada, que é a vida. Os passos muitas vezes justificam toda uma jornada. Do que nos valerá os louros da vitória se nos esquecermos de colher as flores que margeiam a nossa existência, se deixarmos de aproveitar os bons momentos junto daqueles que amamos, se só o que fizermos for buscar o nosso próprio interesse, nos lamentando por causa de “uma pedra no meio do caminho”. Na vida sempre haverá o sofrimento, e diante da dor há duas opções possíveis: amargurar-se, julgando-se vítima das circunstâncias; ou crescer, buscando aprender da vida o seu verdadeiro sentido. O que fazemos hoje terá um impacto decisivo no que nos tornaremos amanhã.



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Um pouco mais de poesia

A vida pode ser mais do que isso, mais do que dores e cansaço, mais do que política e descaso. Há de haver um compromisso, uma vontade de fazer diferente, de não ser como toda essa gente que só faz o que é preciso. Está mais do que na hora de vivenciar a poesia, esta  linda ave canora , à luz do dia a dia. E para além das palavras, um aroma doce e suave, uma canção sempiterna e um desejo de encontro.

Relicário

Palavras ao vento, perdidas no tempo; resquícios e relíquias de almas que não se encontram, de vidas que não se cruzam. Palavras de desalento e desencanto, ferinas, amargas, sinônimas de cicatriz, dor e pranto. Palavras sussurradas ao pé do ouvido, com carinho e cuidado, que reverberam nos sedentos corações. Palavras secretas, inconfessáveis, guardadas a sete chaves. Palavras de gratidão e prece, inaudíveis, transcendentes. Palavras e seus significados semânticos e românticos. Palavras: Caos e Silêncio.

Casa vazia

É o fim. É o fim de tudo, eu sei. Quando eu voltar, você não estará mais lá; casa vazia, coração em pranto, e nas mãos o açoite da realidade. Eu me arrastarei por entre cômodos e incômodos, calado, ouvindo palavras que você nunca disse, tentando, em vão, me iludir. Nas estantes, livros cheios de traços e traças; nas paredes, fotografias em preto e branco. As gavetas estarão vazias, a cama estará desarrumada, minha vida, desaprumada. O tempo começará a desmoronar, e eu me sentirei despatriado, perdido dentro de mim, caminhando rumo a lugar nenhum.