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Vastidões

O silêncio, aos poucos, vai inundando todo o deserto do ser. E o vazio vai preenchendo cada pequena fresta remanescente. Nas entrelinhas, uma obra inteira; nas pausas, por si só, uma canção; e, no espaço entre as partículas, um universo desconhecido. É tudo, a princípio, tão estranho e desconfortável. É como um olhar-se atento no espelho: uma constatação, um desconforto, uma aceitação, uma entrega e, depois, se a coragem resistir, um passo adiante, rumo ao infinito. ✦ Nota de Autor — Vastidões Este poema nasceu de uma experiência silenciosa, daquelas que não pedem explicação, mas exigem presença. “Vastidões” não tenta definir o silêncio, mas caminhar por dentro dele. Há momentos em que a ausência se expande de tal forma que parece ganhar corpo próprio — inundando o que antes era deserto, preenchendo frestas que julgávamos permanentes. Escrevê-lo foi um modo de observar o movimento interior que se inicia com uma constatação simples e avança até uma entrega — não teórica, mas vivida. C...

O descaso não é obra do acaso

– Estou com medo de sofrer! – digo, exasperada.
– Mas você já está sofrendo! – ouço como resposta.
– Quero deixar de me importar tanto – rebato.
– Como assim!? Você quer parar de se importar com quem não se importa com você?
– Pelo menos assim eu me sentiria um pouco melhor – respondo.
– Converse, diga para ele tudo o que lhe incomoda. Veja se ainda existe uma chance, uma saída. E, sobretudo, valorize-se! Seja importante primeiramente para si mesma.  


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