Pular para o conteúdo principal

Postagem em destaque

Vastidões

O silêncio, aos poucos, vai inundando todo o deserto do ser. E o vazio vai preenchendo cada pequena fresta remanescente. Nas entrelinhas, uma obra inteira; nas pausas, por si só, uma canção; e, no espaço entre as partículas, um universo desconhecido. É tudo, a princípio, tão estranho e desconfortável. É como um olhar-se atento no espelho: uma constatação, um desconforto, uma aceitação, uma entrega e, depois, se a coragem resistir, um passo adiante, rumo ao infinito. ✦ Nota de Autor — Vastidões Este poema nasceu de uma experiência silenciosa, daquelas que não pedem explicação, mas exigem presença. “Vastidões” não tenta definir o silêncio, mas caminhar por dentro dele. Há momentos em que a ausência se expande de tal forma que parece ganhar corpo próprio — inundando o que antes era deserto, preenchendo frestas que julgávamos permanentes. Escrevê-lo foi um modo de observar o movimento interior que se inicia com uma constatação simples e avança até uma entrega — não teórica, mas vivida. C...

Políticas do tédio

Ando tão enfastiado, tão à flor da pele,
que qualquer coisa me faz querer não pensar.
A politização de todas as coisas,
inclusive do entretenimento,
é de uma chatice sem tamanho.
Não há nada de novo no mundo digital,
nada de novo na sociedade lacradora.
“Genialidade por todos os lados!”
“Pessoas com grandes propósitos!”
Sensaboria que descamba em platitudes,
em voos de galinha. 


Comentários

Compartilhe:

Sugestões para você

Carregando sugestões...