Canteiros 🌷
Eras tu ontem – não poderia ser mais ninguém –, seguindo os meus passos, revolucionando a minha realidade. Estás nos devaneios que tenho, nos pobres versos que aqui despejo, nas alamedas e canteiros do meu labiríntico coração. Vejo-te em tudo, mas nunca diretamente, nunca tête-à-tête . És a folha ao vento no outono, o canto da ave liberta na primavera, o brilho de um olhar que transcende qualquer estação. És ritmo, passagem, tempo: aurora e crepúsculo, som e silêncio.